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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fim de ano

As luzes de natal começam a se acender. Aspiramos ar de fim de ano, de ida.
As mãos que quase longe, entrelaçam-se. A nostalgia toma tudo de mim. E dói.

Por todo canto, em cada canto, em pranto, uma memória. Respiramos para levantar.
Meus olhos, frustram-se, sendo incapazes de refletir a figura de seu rosto. O fim tem gosto de saudade. De falta. Falta de ver, estar.

Assim, mesmo que somente agora, me abrace. Para que, da lembrança, não se afaste. Esteja sempre aqui, sendo cometida.

Mesmo que num choro surtido, me abrace.
Para que neste ardido silêncio, a despedida..
não ouse deixar que acabe.

Não ouse tirar de nosso amor, a vida.

4 comentários:

  1. I'll miss, I'll miss... I'll miss everything.

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  2. Acendemos as luzes para apagar o ano. E vamos, pra onde? O ar de fim, de ida, o ardido fim. Aspiramos.

    O de repente foge da lembrança e há a necessidade de abraçar para não soltar o que já foi. Leva andar.

    Todo é canto. E o encanto não parece deixar o ano enterrar consigo o pranto. Parto. Dói. Abrace, abra-se. Somente agora é pra sempre.

    O que acaba é só transformação. Fim é o nome triste que demos pra isso. Mas depois a gente acha um sobrenome. Leva andar.

    Mesmo que num riso sortido, se alargue
    Para que neste doce grito a dor
    não ouse apegar, que acabe,
    não ouse tirar de nossa vida o amor.

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  3. Conheço essas palavras..

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